Criação de cisnes para alimentação
Embora os perus tenham sido importados da América no século XVI, a ave dos dias de festa continuou a ser, para os Ingleses, o ganso. Mas à mesa dos reis e da nobreza esta iguaria era considerada demasiado modesta e o prato dos grandes banquetes era o cisne.
Só o rei e os ricos proprietários de terras podiam criar cisnes, que eram marcados no bico para se saber a quem pertenciam. Quase não havia cisnes brancos selvagens no reino, visto que lhes eram regularmente aparadas as asas.
Apesar disso, não eram completamente domesticados como as outras aves de capoeira; eram livres de nadar onde quisessem e todos os anos havia acasalamentos entre aves de bandos diferentes no mesmo rio.
O «real encarregado dos cisnes» e os ajudantes percorriam o país, resolvendo conflitos relacionados com a posse das novas ninhadas de cisnes.
Espaço vital
No século XVIII, a criação de cisnes foi gradualmente declinando, em grande parte porque dão muito mais trabalho a criar do que os gansos ou os perus – requerem muito espaço, incluindo um perímetro de água, e são difíceis de lidar e agressivos.
Hoje em dia, só os cisnes do Tamisa têm dono – ou são da rainha ou de duas associações tradicionais da City de Londres: a dos Tintureiros e a dos Taberneiros.
Todos os anos, em julho, há um recenseamento dos cisnes do Tamisa: os jovens cisnes são reunidos, as asas aparadas e os bicos marcados – só as aves reais são deixadas sem marca.
Presentemente na Grã-Bretanha, exceto no Tamisa, todos os cisnes são selvagens.
Comentários
Exibir comentários como Sequencial | Discussão