O espetáculo deslumbrante das auroras boreais e austrais
As auroras boreais são, segundo o folclore escandinavo, reflexos dos escudos dourados das guerreiras valquírias que escoltam as almas dos heróis combatentes mortos através dos céus, rumo ao Valhalla.
Os cientistas explicam o fenómeno de uma maneira menos romântica. Segundo crêem, as auroras formam-se de uma maneira semelhante às imagens no ecrã de um televisor.
As imagens de televisão são produzidas por um feixe de eletrões projetado num ecrã fluorescente por eletromagnetos. O campo magnético da Terra exerce o mesmo efeito sobre os eletrões provenientes do Sol, projetando-os no firmamento, que atua como um ecrã, sobre os polos magnéticos, onde os campos magnéticos apresentam uma forma afunilada; à medida que descem, em espiral, os eletrões encontram e estimulam os átomos da camada superior da atmosfera, os quais provocam os clarões luminosos característicos da aurora. Os átomos de oxigénio produzem as luzes vermelha e verde; os de azoto, violeta e azul.
Auroras boreais e austrais
As auroras que surgem no hemisfério norte são chamadas auroras boreais; no hemisfério sul, auroras austrais. São habitualmente visíveis após a erupção de uma chama solar, quando uma pequena parte da superfície do Sol se ilumina subitamente, causando uma violenta tempestade solar. Durante a tempestade, os núcleos de átomos e eletrões libertam-se da atmosfera solar, precipitando-se em direção à Terra à velocidade de 640-860 km/s.
Embora seja raramente visível fora das regiões polares, o espetáculo magnificente das auroras já tem sido observado no Mediterrâneo. Há muito tempo, Aristóteles escreveu: «Às vezes, numa noite bela, vemos uma diversidade de imagens no céu: abismos... desfiladeiros... cores vermelhas de sangue.» E prosseguiu na sua teoria de que a atmosfera se transformava em fogo líquido.
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