Madame Sage: a professora que duplicava a sua própria imagem
Quem afirma a impossibilidade de se estar simultaneamente em dois locais poderá ser dissuadido desta convicção se conhecer o caso de Madame Sage. Sendo professora, utilizava frequentemente a sua capacidade de duplicação durante as aulas.
Quando trabalhava num colégio feminino na Livónia, Rússia, no ano de 1845, tornou-se notado o facto de que parecia haver realmente duas Mesdames Sage. Uma, por exemplo, estaria sentada em frente dos alunos, enquanto a outra estaria a escrever no quadro. Duas alunas viram-na uma vez sentada na aula e simultaneamente a apanhar flores no jardim. As misteriosas duplicações não foram observadas apenas pelas suas alunas, eventualmente demasiado imaginativas. Uma amiga que lia um dia para a professora, que uma constipação retivera na cama, viu-a simultaneamente a passear pelo quarto.
Decorridos aproximadamente 18 meses, os comentários tornaram-se notados pelos diretores da escola, que a interrogaram sobre o facto. A professora confessou que, por meio de força de vontade, conseguia projetar uma imagem de si própria. Descobrira que o ardil se revelara de grande utilidade para manter a disciplina, pois permitia-lhe vigiar a aula, mesmo encontrando-se de costas para a classe.
Faculdade incómoda
Mas os diretores, a quem tal capacidade não agradou, despediram-na – o que, segundo mais tarde confessou, não se verificava pela primeira vez.
Não há qualquer registo sob o nome da professora. Foi sempre citada apenas pelo apelido, Sage – ignora-se se por ser uma «sô professora».
O seu marido, se é que existiu, poderia certamente ter escrito uma história fascinante da sua vida na companhia das duas Mesdames Sage.
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