Jardins Suspensos da Babilónia
«Nabucodonosor mandou erguer junto do seu palácio elevações de pedra e dar-lhes a forma de montanha e plantá-las com toda a espécie de árvores. Por vontade de sua mulher mandou ainda instalar um jardim igual aos de sua pátria.»
Os jardins assim descritos pelo escritor judeu Flávio Josefo (37-100) correspondem seguramente aos famosos «jardins suspensos de Semíramis». Semíramis é retratada pelos autores da antiguidade como uma mulher dotada de poderes divinos – mas não era a mulher de Nabucodonosor.
Mais tarde foi provável a relação da figura lendária de Semíramis com os jardins da esposa de Nabucodonosor. Do que não há dúvida é de que o construtor foi o rei babilónio.
Quando o alemão Robert Koldewey começou em 1899 as escavações de Babilónia encontrou, no lado nororiental da fortaleza Sul, abóbadas com um poço profundo que coincidia exatamente com as descrições antigas. Até hoje, não foi possível contraditar seriamente a convicção de Koldewey de ter encontrado os cimentos dos jardins suspensos.
Evidentemente não se tratava de «jardins suspensos». Esta denominação talvez se baseasse num erro de tradução, uma vez que a palavra latina «pensilis» tem esse significado embora também se possa traduzir por «em forma de balcão». Os jardins da Babilónia floresciam sobre uma edificação que se erguia em terraços que se podiam regar artificialmente.
É compreensível que o florescente oásis no clima desértico da Babilónia causasse sensação. Mas não deveria ser natural que se considerasse maravilha do mundo a torre de Babel? Quando Alexandre Magno chegou a Babilónia, a lendária torre já estava em ruínas. Mas Antípatro elaborou a sua lista 200 anos depois.
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