O primeiro WC do mundo foi usado por Isabel I de Inglaterra
Como poeta amador, John Harington não tinha êxito, mas quando se tornou inventor e concebeu o primeiro WC do mundo ganhou os favores da realeza.
Afilhado de Isabel I de Inglaterra, fora banido da corte por ter feito circular uma história escabrosa. Durante o seu exílio – que se verificou entre os anos de 1584 e 1591 – construiu uma casa em Kelston, perto de Bath, onde instalou a primeira sanita com autoclismo, a que chamou Ajax.
Finalmente, a Rainha-Virgem perdoou-lhe, e em 1592 visitou Kelston. Tendo experimentado a invenção, esta agradou-lhe e encomendou uma.
Harington escreveu um livro sobre o seu water closet, descrevendo o recipiente com uma abertura no fundo fechada por uma válvula revestida de couro.
Um sistema de manivela, alavancas e contrapesos fazia a água correr de uma cisterna e abrir a válvula.
Mas o público não partilhou do entusiasmo de Isabel. Preferia os bacios, frequentemente despejados das janelas para a rua. Em França e em Portugal eram, respetivamente, habituais os gritos «Gardez I'eau!» e «Lá vai água!», antes de se proceder ao derramamento do seu conteúdo sobre as vias públicas.
Só em 1775 foi registada a patente de uma retrete munida de autoclismo, concebida pelo londrino Alexander Cummings e que apresentava semelhanças com o Ajax de Harington.
Mas a água escorria através da válvula primitiva de Cummings. Só em 1777 a noção de uma válvula esférica ocorreu a um tal Samuel Prosser.
O desenvolvimento da técnica do WC recebeu grande incremento do Parlamento em 1848, quando uma lei de saúde pública determinou que todas as casas construídas a partir de então deveriam possuir «um WC, retrete ou sanita».
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