Exames da TEP: visualizando o cérebro vivo em ação
Não só as imagens de televisão podem ser reflectidas por satélites no espaço. Agora também podemos obter imagens do mesmo tipo do espaço interior – de dentro do cérebro.
A TEP (tomografia por emissão de positrões) funciona baseada no princípio simples de que quando uma parte do cérebro entra em atividade, ocorre ali um abastecimento maior de sangue para fornecer oxigénio e glicose extra necessários.
Injeção radiactiva
Numa TEP, é injetado nos vasos sanguíneos do paciente oxigénio radiactivo ou glicose especialmente preparados. Quando o líquido «tracejante» radiactivo chega ao cérebro, emite positrões – partículas atómicas de carga positiva – que colidem com os eletrões das células do cérebro e produzem minúsculas explosões de energia, as quais são detectadas pelo aparelho da TEP.
Aparecem então imagens num ecrã monitor mostrando as secções ativadas do cérebro em vermelhos, azuis e amarelos que se dilatam ou movem, quando executam uma dada tarefa – ler, escrever ou falar.
Os exames da TEP são úteis para identificar doenças em que há consumos exagerados de energia. Mostraram, por exemplo, que os esquizofrénicos têm uma atividade metabólica mais elevada em certas zonas do cérebro.
Uma equipa da Escola Médica de Washington, nos Estados Unidos, utilizou a TEP para descobrir a sede de pelo menos uma das emoções – o medo, controlado pelo lobo temporal do hemisfério direito do cérebro.
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